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Mercado de seguros projeta aumentar em 20% população atendida pelo setor até 2030

Em palestra realizada durante RA (reunião-almoço) promovida pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), o presidente do Conselho Diretor da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNseg), Roberto Santos, apresentou uma visão abrangente sobre o impacto do mercado de seguros na economia brasileira e falou sobre o cenário do setor no Rio Grande do Sul após as enchentes. O evento, realizado nesta segunda-feira (30), foi comemorativo aos 40 anos da Fedrizzi Seguros. "Nosso objetivo é ampliar em 20% a parcela da população atendida pelo setor, alcançar 6,5% do PIB em indenizações em 2030 e 10,1% do PIB em arrecadação”, afirmou Santos.


O especialista destacou a dimensão da indústria de seguros no Brasil: 20,4 milhões de veículos segurados; mais de 11 milhões de residências; 32,7 milhões de beneficiários de planos odontológicos; 51,1 milhões de beneficiários de assistência médica; 6,25 milhões de hectares de área plantada segurada, 8,4 bilhões de títulos ativos de capitalização, entre outros números. Em 2023, o mercado segurador brasileiro arrecadou R$ 669,5 bilhões, algo em torno de 6,2% do PIB, enquanto as indenizações chegaram a R$ 467,9 bilhões, um aumento de 7,9% em relação a 2022. “O que a gente vende, o que a gente entrega, é proteção”, afirmou. Ele também ressaltou que, além de assegurar patrimônios, o setor desempenha papel crucial como investidor institucional, financiando cerca de 26,5% da dívida pública nacional.


Ao abordar os desafios climáticos enfrentados pelo Rio Grande do Sul, Roberto Santos sublinhou a gravidade da situação. Até 31 de julho, houve 57.045 indenizações avisadas no estado, o que equivalente a R$ 5,6 bilhões, com destaque para seguros residenciais, automotivos e agrícolas. 


Nesse contexto, Santos apresentou propostas desenvolvidas pelo setor de seguros para lidar com os impactos das mudanças climáticas e mitigar os riscos. Uma das principais iniciativas mencionadas foi o Seguro Social Catástrofe, um instrumento de amparo financeiro destinado a vítimas de desastres naturais, como inundações, alagamentos ou desmoronamentos. Esse seguro emergencial, com indenizações fixas estimadas em R$ 15 mil por unidade habitacional, seria subsidiado por uma pequena cobrança na conta de energia elétrica, oferecendo apoio a milhões de brasileiros que vivem em áreas de risco, explicou.


Além disso, o palestrante abordou a criação do Fundo do Seguro Rural, voltado para garantir a produção agrícola diante das incertezas climáticas. "Em 2023, a seca nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste provocou prejuízos de US$ 15,3 bilhões. O Fundo do Seguro Rural, de natureza privada, constituído por aportes da União (R$ 4,5 bilhões), bem como das seguradoras e resseguradoras que operam o seguro rural, é uma medida estratégica para proteger os produtores e garantir os riscos das operações frente às mudanças climáticas, destacou. “O principal aprendizado com a tragédia é que a situação mudou de mudança climática para emergência climática, então o mercado de seguros tem que ser protagonista de mudança para uma postura mais proativa no que diz respeito à prevenção”, opinou.

Em sua saudação, o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, homenageou a Fedrizzi Seguros pelo aniversário de fundação e entregou ao fundador e CEO, Neure Fedrizzi, uma placa alusiva à data. “A Fedrizzi Seguros se consolidou como uma referência na Serra Gaúcha, protegendo o patrimônio de mais de 30 mil clientes com excelência e confiança”, assinalou o dirigente da CIC. Fonte: ciccaxias.org.br/

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